Muitos se enganam em pensar que Constantino foi o
principal responsável pela corrupção e gentilização do Cristianismo. Apesar de
Constantino ter certamente acrescentado e consolidado a apostasia do
Cristianismo primitivo, ele não foi o primeiro. Foi na realidade Inácio de
Antioquia que se rebelou contra o Concílio de Jerusalém, usurpou sua
autoridade, segregou-se do Judaismo, declarou que a Torá havia sido abolida,
substituiu o Shabat do sétimo dia pela adoração no domingo e fundou uma nova
religião não-judaica, a qual ele chamou de Cristianismo. Inácio de Antioquia
Entre os vestígios contam-se um pórtico monumental, um
estádio e um teatro, um estabelecimento para banhos públicos e um aqueduto,
além de traços de um templo dedicado à deusa-mãe Cibele.
A relevância de Antioquia não seria desconhecida de Paulo. A
narrativa do livro bíblico dos Atos dos Apóstolos assinala que o apóstolo e os
seus companheiros entraram a um sábado na sinagoga. Foi o início de uma mudança
que haveria de transfigurar o cristianismo.
snpcultura
Antioquia ocupa um importante lugar na história do
cristianismo. Foi onde Paulo Tarso pregou o seu primeiro sermão (numa
sinagoga), e foi também onde os seguidores de Jesus foram chamados pela
primeira vez de cristãos:
e, tendo-o achado, levou-o a Antioquia.
Durante um ano inteiro reuniram-se com a igreja, e instruíram muita gente; e em
Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos. Atos 11:26
Durante um ano inteiro eles tomaram parte
nas reuniões da comunidade e instruíram grande multidão, de maneira que em
Antioquia é que os discípulos, pela primeira vez, foram chamados pelo nome de
cristãos. Atos dos Apóstolos, 11:26 Bíblia Católica
Antioquia
Foi fundada nos finais do século IV a.C. por Seleuco I
Nicátor, que a tornou a capital do seu império. Seleuco servira como um dos
generais de Alexandre III da da Macedônia, e o nome Antíoco ocorria
frequentemente entre membros da sua família.
Flávio Josefo descreveu Antioquia como tendo sido a terceira
maior cidade do Império Romano e também do mundo, com uma população estimada em
mais de meio milhão de habitantes, depois de Roma e Alexandria. Cresceu a ponto
de se tornar o principal centro comercial e industrial da província romana da
Síria. Era considerada como a porta para o Oriente. Júlio César, Augusto e
Tibério utilizavam-na como centro de operações. Era também chamada de
"Antioquia, a bela", "rainha do Oriente", devido às
riquezas romanas que a embelezavam, desde a estética grega até o luxo oriental.
O culto à deusa Astarte pelas mulheres da cidade de Antioquia
chocava os cristãos, de forma que foi abolido por Constantino I. A maioria da
população era síria ("gentios"), embora houvesse numerosa colônia
judaica. A cultura era tipicamente grego-helenista.
A cidade conservou uma grande opulência e a Igreja continuou
a crescer enquanto durou o Império Romano. Em 538, o rei Cosroes I a tomou e
destruiu. O imperador Justiniano reconstruiu-a, mas no ano 635, os sarracenos a
tomaram, e em 1084 passou para o domínio do Império Seljúcida. Excetuando o
período decorrente entre 1068 e 1269, em que foi sede de um reino cristão
fundado pelos cruzados, o Principado de Antioquia, tem continuado em poder dos
muçulmanos. Hoje a moderna Antáquia, permanece sede de um patriarcado das igrejas
católica romana e ortodoxa.
Região
histórica: Síria
País: Turquia
Província
romana: Síria
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