domingo, 13 de maio de 2018

Aflição


Imagine acordar de madrugada com gritos desesperados e luzes estranhas iluminando seu quarto. Você abre a janela e vê um tumulto nas ruas, enquanto no céu, centenas de estrelas parecem despencar na direção da Terra como bolas de fogo.

Foi mais ou menos isso que os habitantes do Hemisfério Norte do continente americano experimentaram nas noites de 12 e 13 de Novembro de 1833.

O fenômeno astronômico conhecido como Chuva de Meteoros de Leonid ocorre a cada 33 anos, sempre que a Terra se aproxima do rastro deixado pelo Cometa Temple-Tuttle. A cauda do cometa é composta de partículas sólidas congeladas, conhecidas como meteoróides, que são ejetadas a medida que ele sofre derretimento ao se aproximar do Sol. Essas partículas viajam a grande velocidade, quando entram na atmosfera terrestre sofrem atrito e são visualizadas como bolas de fogo no céu noturno. A chuva de meteoros pode progredir para as chamadas tempestades de meteoros, dependendo da intensidade registrada.

O fenômeno causou enorme comoção naqueles que o testemunharam, para alguns era a certeza de que o mundo estava preste a acabar em uma chuva de fogo vindo do céu.

O fenômeno foi tão impressionante que alguns pesquisadores estimam que mais de 100 mil partículas entrava na atmosfera em apenas uma hora, iluminando a noite da Costa Leste dos Estados Unidos como um caleidoscópio multicolorido.

O evento celestial já era conhecido dos astrônomos da época, contudo sua intensidade superou todas as expectativas. Thomas Milner, um cientista inglês que havia viajado para testemunhar o incidente registrou em seu diário as seguintes palavras: "As estrelas em queda ofereceram o mais esplêndido acontecimento de que se tem notícia". Seu colega, o Professor Denison Olmsted da Universidade de Yale também escreveu que aquele era "o mais magnífico e impressionante acontecimento presenciado no continente americano, desde a sua colonização" e que "era um privilégio poder admirar tão fascinante acontecimento".
E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue;
E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. Apocalipse 6:12-13.

Então estes sinais se cumpriram respectivamente com o terremoto de Lisboa, no dia 1º de novembro de 1755; o escurecimento do Sol e a Lua em cor de sangue, em 19 de maio de 1780; e a queda das estrelas, na noite de 13 de novembro de 1833. Mas pelos menos três argumentos básicos têm sido usados contra tais identificações.

Senhor também disse que haveria outros sinais tais como o escurecimento do sol e da lua, e as estrelas do céu cairão.
E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Mateus 24:29.

Esses sinais se cumpriram dia 19 de maio de 1780 e 13 de novembro de 1833 e foram amplamente divulgados pelos jornais  e meios científicos. Milhões de pessoas ficaram assustadas pensando que o fim do mundo havia chegado.

No dia 19 de maio de 1780 aconteceu um fenômeno que assustou os moradores da Nova Inglaterra, uma região que abrange seis Estados norte-americanos, Connecticut, Maine, Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island e Vermont, todos ao norte do país. As pessoas relataram uma “Grande Escuridão”. O Sol sumiu quase de repente e o meio-dia transformou-se em meia-noite. Tudo ficou escuro e tenebroso. Naquele dia não houve eclipse.

Passados pouco mais de cinqüenta anos, outro fenômeno nos céus dos Estados Unidos deixou muita gente boquiaberta. Era madrugada de 13 de novembro de 1833. Durante horas, literalmente milhares de “estrelas cadentes” caíram a cada minuto. Foi como se todo o céu estrelado estivesse desabando. As testemunhas estavam principalmente da costa leste do país até o sul da Flórida. O que houve nesses lugares? Os habitantes da Nova Inglaterra do século XVIII eram muito religiosos e perpetuaram a idéia de um castigo divino – até porque ninguém se arriscou a tentar explicar o que aconteceu em maio daquele ano. Já em novembro de 1833, embora a ciência astronômica já conhecesse o fenômeno, muitos preferiram pensar que o fato era inexplicável.














Chuva de meteoros Leônidas de 13 de novembro de 1833, numa gravura segundo um relato da época.

JÁ COM RELAÇÃO À CHUVA DE ESTRELAS cadentes de 1833, temos a ocorrência de um fenômeno natural, só que desta vez bem mais raro. Na Astronomia ficou conhecido como “A Grande Chuva de Meteoros Leônidas de 1833”.

Por que meteoros? Naturalmente, o termo “estrelas cadentes” está equivocado. As estrelas são astros distantes e não correm risco de cair sobre nós. A Terra gira em torno de uma delas, o Sol, que é mais de um milhão de vezes maior que o nosso planeta. Se alguém tivesse de cair decididamente não seria o Sol.

É notável que as chuvas de meteoros ocorram aproximadamente na mesma data a cada ano. Tanto é que recebem nomes relacionados às constelações a partir das quais os meteoros parecem surgir (um mero efeito de perspectiva). Leônidas é uma chuva cujos meteoros são vistos todo o mês de novembro como se partissem da constelação do Leão.

O Dia Escuro, também conhecido como Dia Escuro da Nova Inglaterra, refere-se a um evento ocorrido no dia 19 de maio de 1780, quando os céus da Nova Inglaterra e de partes do Canadá ficaram demasiadamente escuros apesar de ser dia. A escuridão foi tamanha que foi necessário usar velas durante o dia. O fenômeno não dispersou até metade da noite seguinte.

Hoje em dia, muitos, acreditam que o dia escuro foi o cumprimento de profecias bíblicas e apocalípticas. Eles citam o trecho "... Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados..." (Mateus 24:29 são sinais precedendo o retorno de Cristo). 

Em apocalipse 6:12–13.  “... e houve um grande terremoto. O sol ficou negro como aniagem feita de pelos, e a lua inteira ficou como sangue. As estrelas do céu caíram na terra, como uma figueira derrubando suas figas verdes quando é balançada por um forte vento." Um adventista de sétimo dia, Arthur Maxwell, até menciona este evento em sua série The Bible Story (Vol. 10). 

Outro sinal  importante   dado  por  Jesus,   foi  a pregação   do  evangelho  em todas as partes:  “Então, disse  o   Senhor:   Virá  o   fim.”  Mateus  24:14.

“Porque surgirão falsos cristos, e falsos  profetas  operando  grandes  sinais e  prodígios  para enganar,  se  possível,  os  próprios  eleitos.   Portanto, se  vos  disserem :  Eis que ele esta no deserto!,  não saiais. Ou ei-lo  no  interior  da casa!,  não  acrediteis.  Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do homem.” Mateus 24:24-27.

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